Vejo a mama em lágrimas, não é só dela a dor é do povo
Foi de joelhos até Fátima para pôr a vela de novo e de novo
Mesmo que sinta uma lástima hoje não tem nada que eu não resolva
Temo a limpeza gástrica só por tomar de novo e de novo
A vida ficará fantástica, nada vem do nada isso eu te comprovo
Mas é tão sarcástica crença duvidada de novo e de novo

Estou farto da rotina porque é que ninguém me ouve
Paragem repentina e não tem alguém que a louve
Fome na cantina não se tira a quem devolve
Contraía a retina se a luz vem eu me comovo
Só me locomovo
Tem atenção no ciclo está a merecer um stop
Preciso testículo para abater o Opp
Sinto-me ridículo até o ciclo ter um stop
Acabaram o que puseram dessa vida se rodearam
Não falhavam disseram mesmo assim abandonaram
Estavam pelo que eram e não pelo que se tornaram
Não enterrava espera ir primeiro aos que o criaram
Sabes se a cota aguenta esse desgosto
Se cair na banca rota quem sustenta o seu encosto
É que a casa lota atenta ao que será exposta
E se ela se esgota a tormenta sem resposta
É que é tão ridículo eu vi isso com a minha avó
No ciclo com os amigos no fim o filho fica só
Sujeito a perigos mais estrilhos endividou
Faltou água nos abrigos já tomei banho de bidão
Até o mais antigo já do dom duvidou
E eu já não ligo a quem o som invalidou
Mas eu não te digo que eu sou bom e para ali vou
Por vezes fadigo com a fome se salivou
Uhm uhm é tanto segredo que leio
Uhm uhm tenho medo do que me rodeio
Quase num hospício eu sempre receio
Será do vício ou será do meio
Isso é suplicio só mais eu anseio
Sem estar propício passei um tiroteio
Só manifesto e quem via cala
Mesmo o mais fast não desvia de bala
Bateu no chest ou é Chain ou é estala
Por todo o stress quem irá representá-la
Só dizem o que queres me ouvisses
Te feres porque não é o que precisas
Falso se trouxeres o sorriso
Nisso calço o piso e deslizo
Uma vida em que quis dar a mama
A denegrir budistas Dalai Lama
Vou progredir conquistas pela chama
Diz por onde ir dá pistas ou se derrama
A cabeça imensa tanta coisa tensa flutua no seu ideal
Vê se compensa entende a diferença de ser da rua e ser real
Uma leva à outra o inverso não acontece
A fome se confronta e o excesso não envaidece
Sei que já está pronta eu só peço essa benesse
Eu sempre fui contra a quem esquece o que permanece
Carrega nos botões o vermelho prima nesse
Sinto os apertões de não ver o velho Finess
Inspiro multidões com o quanto se compadece
Nas definições canto de quem agradece

Vejo a mama em lágrimas, não é só dela a dor é do povo
Foi de joelhos até Fátima para pôr a vela de novo e de novo
Mesmo que sinta uma lástima hoje não tem nada que eu não resolva
Temo a limpeza gástrica só por tomar de novo e de novo
A vida ficará fantástica, nada vem do nada isso eu te comprovo
Mas é tão sarcástica crença duvidada de novo e de novo