A vida imita a arte, amor.
A arte imita o tempo, amor.
O tempo que sente saudade amor,
Saudade que leva minha alma e dor. (2x)

A lenda que vira pedra,
A pedra que faz cimento,
Cimento que pavimenta,
A rua de quem lamenta.

Momento que vira tédio,
O tédio que faz impulso,
Impulso que torna raiva,
A raiva que mata o homem.

O homem que quer mudança,
Na vida ele é criança,
Matança do ego puro,
Balanço sem ter balança.

O homem só é o que faz,
O que fala, ou que deixa de canto.
Cuidado com a bruxa malvada,
Te engana, te corta e te joga no poço.

Desejo é a dor do encanto,
Te envolve e da uma chance.
Fragmenta, difunde a família do jovem,
Te come, te fura, com suas nuances.

Dialeto é que faz a parada,
Engessa os cabeça de lata.
Sistema é foda, é mate ou morra,
não importa quem tava errado.

Lei do capital, quem destoa,
Quem faz a regra é rico, sujo,
Branco, imperialista e broxa.
Não gostou da proposta?
Ajoelha e mama a caceta do
Patrão em troca de uma Coca Cola.

A vida imita a arte, amor.
A arte imita o tempo, amor.
O tempo que sente saudade amor,
Saudade que leva minha alma e dor. (2x)

O efeito do castigo é medo,
incertezas que recaem sobre os pensamentos.
É o silêncio que acolhe os melhor pensadores,
Fruto da revolta suja e dos seus tormentos.

Pra quê que a gente só complica o que já é certo?
Tem gente de bem que tá correndo já faz tempo,
Nas mazelas mais escuras encontrei um vento,
Que assopra as poesias do meu alter ego.

A vida imita a arte, amor.
A arte imita o tempo, amor.
O tempo que sente saudade amor,
Saudade que leva minha alma e dor. (2x)