Eu vi flores mortas
Minha cabeça gira e roda
Ela dorme e não acorda
E algo me devora

E eu parei pra pensar
Refletindo meu andar
Quase sempre prejudico
Estrago a terra do amigo
Tenho que manusear
Respirar melhor o ar
Me acalmar pra pensar
Atitude sem queimar
O jardim da irmandade
Baseado no real
A bebida me fez causar com o teu emocional
Tim Maia racional
Estou mais pra marginal
E nesse quarto escuro
Confronto meu pessoal
Atitude insana
Devorei toda planta
Me encontrei na loucura
Fiz um caos sem censura
Agora Deus me acuda
Sinto uma angústia
Meu jeito acelerado
Arrancou minha postura
Ideias atropeladas não escondem a verdade
Reciprocidade do mal na minha própria carne
E o pecado da da atitude louca
Me fez beber da fonte
Que mata e seca a boca
Vários bichos a solta

Eu vi flores mortas
Minha cabeça gira e roda
Ela dorme e não acorda
E algo me devora

Planos me deixam louco
As vezes me sinto um pouco
Acordado chapado e o mundo
E o mundo secando o poço
Eu cavo com unhas e dentes
Ignoro o couro ardente não teste nem tente
As vezes sou inconsequente
Saber aprender na queda
Respirar no compasso que afeta
E o feto sente afeto
Na queda agradeço
Aprendo no trajeto
Hoje sou correto surpreendi
Alcançando os manos que não podem me ouvir
Ela não viu eu também não vi
Espero pela dama que vai me intervir
Como se fossem cartas escrevo meus raps
Pra que ela ouça e um dia desperte
Pra que eu sinta ela chegar sem teste
Me abraçar e derreter aqui dentro o monte Everest
Quero morrer sem fama
Não quero ir sem importância
Apenas dar importância pra vocês ser importantes
Pra que eu me importe em vocês
Pra que eu viva em vocês

Eu vi flores mortas
Minha cabeça gira e roda
Ela dorme e não acorda
E algo me devora