Cê disse não vai ter bixa no rap
Mas quem pediu a tua permissão moleque
Tô bancando e vou lançando minhas tacks
Seu nome nem vale citar no verso (2x)

Manda seu flow yakut
Só fala das minas e das drogas que usa
Não se preocupe comigo, se cuide
Rap é bem mais que festa e autotune
Rap é vivência, rap é essência
É resistência e é voz do subúrbio
As bixas tão pronta pro topo do mundo
Protagonistas do próprio futuro
Siamese na from, arisca e felina
E se eu quiser chego bem feminina
Honrando meu bonde minha melanina
Um ano de corre, já fiz mais que suas rimas
Tá se achando, mas ninguém procura
Abaixa tua bola, muda tua postura
Respeita meu corre, minha vida, minha luta
Cobrança vem logo e fica ligado que ela vem da rua

Não tem o que cê fazer, te resta aceitar nos ver crescer
Muito pra falar, mostrar o viver e dessa jornada fazer valer
Não tem o que cê fazer, te resta aceitar nos ver crescer
Muito pra falar, mostrar o viver e dessa jornada fazer valer
Cê disse não vai ter bixa no rap?
Já ocupamos, nós somos rap

Cê disse não vai ter TRAVA no rap
Mas quem pediu a tua permissão moleque
Tô bancando e vou lançando minhas tacks
Seu nome nem vale citar no verso

(Danna Lisboa)
Se liga no que eu vou falar
As bixas vieram dominar
Vocês acham que rap é rima
Temática, dividir, mas vocês não sabem somar
Vou ser didática, use na prática
ideias em formas de táticas,
Pois muitas vivências viraram plástica
Tô sendo sarcástica
Botaram o nome das bixa na lama
Cuspiram em nós feto Lhama
Tu fala o que os ignorante gama
Aplauso só procê fecha sua fama
Da lama fizemos os nossos castelos
Com nossas vivências construindo elos
As manas, com as minhas erguendo impérios
Unidas e fortalecidas
Enquanto os machos, sopa de letrinha
Na rinha e nas linhas, se perdem nas rima
Ra Ra se perdem nas rimas
Cê disse não vai ter Trava no rap
Já ocupamos nós somos rap
Cê disse não vai ter Trava no rap
Mas quem pediu a sua permissão moleque?