Tantas vezes nosso coração se enganou, se afundou nos próprios erros, numa falsa ilusão
De acreditar na voz dos fariseus, que mataram o filho de Deus e depois tantos servos seus
Mas seu imenso amor ainda foi maior que os meus devaneios, minha audácia de acreditar que eu conseguiria andar no escuro sem me encontrar com o muro, sem tua direção, tua provisão
Mas sei que apesar de tudo eu não estive só, pois nas horas de agonia pude ouvir a sua voz
E me lembro do que o Senhor me dizia nos momentos em que o meu próprio desespero me consumia:

“Aonde quer que você vá vou estar contigo
E se o medo te encontrar vou estar contigo!”

Esquecido pelos que me fizeram esquecer o valor do teu amor, do teu sacrifício
Abandonado pelo mundo, com vergonha dos seus olhos quase fui parar no mais profundo abismo
Mas em meio a esse vale eu pude perceber que sem Ti eu nada sou, nada posso fazer
Precisei me machucar pra reparar que eu sou fraco, leviano e, sobretudo, um mero humano
Que vive tentando esconder os erros dos olhos de quem tudo vê
Mas ainda assim me lembro do que o Senhor me dizia quando a minha alma em silencio apodrecia

“Aonde quer que você vá vou estar contigo
E se o medo te encontrar vou estar contigo!”