Capa de revista
Exposta na banca pra todos verem
Um dia a tarde, andando na rua me surpreendi
Quando numa banca vi um corpo nu, queimado do sol
Conhecido meu a tempos atrás me pertenceu
Como eu era feliz
Pois era ela, minha esposa amante
Com seu corpo elegante, exposto estava ali
Foi a sua vaidade
Conversas de comadres
Conselhos não de padre
Tirou ela de mim
Capa de revista
Exposta na banca pra todos verem
Na primeira noite
Ela de vergonha a luz apagou
Hoje as luzes não mais intimidam
De todo lado seu corpo é mostrado, sem censura
É fotografado, como ela mudou
Pois era ela, minha esposa amante
Com seu corpo elegante, exposto estava ali
Foi a sua vaidade
Conversas de comadres
Conselhos não de padre
Tirou ela de mim

Não sei de onde vim, não sei pra onde vou
Perdi a memória, não sei quem eu sou
Estou preso num quarto com grades de aço
Estão dizendo que matei por amor
Não lembro o que eu fiz, ninguém eu matei
Meu nome não sei, assino com x
Meu Deus, não fiz nada que fosse errado
Não sou o culpado, me tirem daqui
Eles pensam que estou fingindo
Mas é a pura verdade
Perdi o sentido de tudo
Minha mente está apagada
Hoje é o dia do meu julgamento
Estou doente, não lembro o passado
Não tenho nenhuma resposta
Certamente serei condenado
Eles pensam que estou fingindo
Mas é a pura verdade
Perdi o sentido de tudo
Minha mente está apagada
Hoje é o dia do meu julgamento
Estou doente, não lembro o passado
Não tenho nenhuma resposta
Certamente serei condenado