(Refrão)
Nos anos 2000, o boom bap ressoava,

Nas ruas da cidade, a cultura se encontrava,

Nostalgia no ar, um tempo tão saudoso,

O hip-hop era compromisso, nunca duvidoso.

(Verso 1)
Lá nos anos 2000, na era do CD,

Nós gravamos mixtapes, no quarto a escrever,

Lirismo no coração, era o que tínhamos,

Microfone na mão, no eixo éramos Dínamos.

Nas ruas, os beats do boom bap a vibrar,

Headphones nos ouvidos, rimas a preparar,

Sneakers frescos, bonés virados de lado,

A cultura do hip-hop, nosso legado.

(Verso 2)
Lembro dos cyphers, nas esquinas da cidade,

MCs comprometidos com a verdade,

Nas letras, contávamos histórias reais,

Dos guetos às festas, os de raça os leais

Saudade dos grafites nas paredes da quebrada,

Onde a arte urbana era nossa caminhada,

Bboys no chão, no meio da rua,

A dança era nossa forma de expressão mais crua.

(Refrão)
Nos anos 2000, o boom bap ressoava,

Nas ruas da cidade, a cultura se encontrava,

Nostalgia no ar, um tempo tão saudoso,

O hip-hop era compromisso, nunca duvidoso.

(Verso 3)
A moda era única, estilo autêntico,

Camisetas largas, calças visual esplêndido,

Instrumentais no walkman, na mochila a batida,

Na escola, no rolê, a cultura era vida.

Era o tempo dos ícones, Tupac e Biggie,

Jay-Z, Nas, as linhas eram vitrines,

O hip-hop nos guiava, com sabedoria,

Nas letras das músicas, lecionavam poesia.

(Verso 4)
Hoje, olho para trás, com saudade no peito,

Os anos 2000, um capítulo perfeito,

O hip-hop continua, sempre nos corações,

A cultura é eterna, resistindo às pressões.

Então, ergo meu boné em homenagem ao passado,

Aos anos 2000, onde o rap foi forjado,

Nostalgia e compromisso, para sempre lembrados,

No boom bap no hip-hop, enraizados.