O rap é o novo partido
Rappin’Hood é o partideiro

Graças a Deus

Sou negrão

Graças a Deus sou…sou negão
Graças a Deus sou…sou negão
Graças a Deus sou…sou negão, sou negão, sou negão

Meu … vem falar das coisas que vi pela rua
Doa a quem doer a verdade, nua e crua
Do moleque no farol até a preta velha gorda
Que vai subindo o morro com a trouxa de roupa
Sem planode saúde, sem paz, sem sossego
Vi levando a vida assim, sem dinheiro
Guerreira, parceira, mulher companheira
A honra da escola, a porta-bandeira
Trazendo o estandarte então, abram alas
Diz o cavalheiro do morro o mestre-sala
Que sempre manda idéia pra toda a molecada
Que passa o dia na favela, sem fazer nada
Barraco de madeira, triste alegoria
Não tem roupa de marca, não, tem fantasia
Sonhando, quem dera um dia subir na vida
Virar modelo é o sonho da passista na avenida

Eu sou negão

É dia de desfile, é, só alegria
Meu rap é o enredo, som de periferia
Arquibancada vai cantar a minha rima
E eu vou pra avenida ao som da minha bateria

É dia de desfile, é, só alegria
Meu rap é o enredo, som de periferia
Arquibancada vai cantar miha rima
Eu vou pra avenida ao som…do rap, certo mano?

Graças a Deus sou…sou negão
Graças a Deus sou…sou negão
Graças a Deus sou…sou negão, sou negão, sou negão