(Hiago Klauz)
E pra eles somos Rasura, sistema quer ditadura
Pode pá que é mó feiura, lembre bem:
Todo chão é minha lavratura, união melhor armadura
Que apetite e postura os menino tem
Só não ampute esse momento
Calando a calamidade, sagacidade seu dólar não vai comprar
Jogo o meu flow na calçada pra molecada não ter só maldade pra inspirar
Tentando buscar nossa fé que debandou
Se sentindo metralhada, igual uma mulher no metrô
A realidade é turva e cada curva metabólica
Tô eternizando minha alma, essa existência é simbólica
Não sei se tu entende, o valor de cada sina
O quanto a resiliência me enche de dopamina
A essência tá na veia, daqui nunca saiu
Seja no CIC esperando o VR ou o 362 na Central do Brasil
Mas rap hoje em dia é status e o resto que se foda!
Quer um milhão de seguidor e tem treta na vizinhança toda!?
Muita meta, muita coisa, aquele abraço camará
Que hoje eu to com a fome de Jorge e essa é a hora de caçar

(Micael)
Eu tô com as roupas de Jorge
Tô com as armas de Jorge
Já pedi proteção
Ei, quanta sombra se move
Quando a cidade dorme
Bem vindo à Babylon

(Gustavo Caliban)
Essa é a cidade do caô, é tudo por amor
É a cidade do calor, aí me chama pra compor
To na dispô:
Demora, planta, cuida, cresce e vibra...
Que só a beira da partida o fruto vira flor!
Brota na pista se tu for merecedor
Que os que não são já se peidaram antes de tentar sentir o sabor
Rolé no Rio é frio pra bom entendedor
Que os que não são, ""foram passado"" - acabou
Trocados por um cão treinado ou um computador
Tudo doutrinado pra curtir igual, sorrir igual, querer igual
Mas nada é igualitário nesse mundo cão
Crianças babam na coleira pelo rap de um estuprador
Não é legal, não é legal, não é legal, eu quero:
Rap real, original, só tem repetidor
Tava com medo antes, se segura
O próximo ditador vai ser o piloto da viatura

(Domecq)
Então atura, meu mano Caliban não tem mistério
Casei com o rap ontem mesmo eu cometi adultério
Ando cantando mais que quero-quero
Me perguntaram se eu quero dinheiro? Mas é claro que eu quero!
Cristiane fez de mim também homem na luta e na luta sustenta só os real guerreiro de fé
Construí meu império, que meu som chega primeiro que a minha imagem
Me chamem de assassino de Tomé
Minha tropa de peito forte só veste peita-larga
Vi também que tá mandada aquela Palio de cor cinza
Na virilha nós leva vários porte
Mentira, é o caralho que eu vou fazer chorar minha rainha
Pede outra dose de Domecq dentro de um copo de plástico e depois você me fala se gostou
Meu peito o que eu levo é de plástico que já se esfriou muito e admito que ele já congelou
É tipo Cartola, eu sorri pra não chorar
Mas admito que as lágrimas no meu rosto rolou
Eu sou tipo um roteiro de Charles Chaplin mudo
Sempre vejo tudo e sei que você também não escapou

(Micael)
Eu tô com as roupas de Jorge
Tô com as armas de Jorge
Já pedi proteção
Ei, quanta sombra se move
Quando a cidade dorme
Bem vindo à Babylon
(2x)