Vocês pensam que sabem
Mas não sabem de nada
Porque eu vivi milênios
Então hoje eu vou ter de explicar, viu?

São tamanhas verdades
Tentem saber de cor
Deste dia em diante
Deveremos saber o pior, viu?

Não andem de quatro
Não fiquem a ver navios
Já faz tempo que essa vida cutuca
Frio e escuro esse buraco de lua
Pros teus olhos só restam as ilusões
Venham cegos, loucos, decifrar

Vocês pensam que sabem
Mas não sabem de nada
Porque eu vivi milênios
Então hoje eu voltei pra instigar, viu?

São tamanhas verdades
Tentem saber de cor
Deste dia em diante
É melhor conviver com o pior, viu?
Não andem de quatro
Não fiquem a ver navios
Foi-se o tempo, mais um dia perdido
Fique vivo, venha, corra perigo
Aos seus olhos se quebram as ilusões
Então....

POEMA CHACAL (sou sócio do ócio)
São tamanhas verdades
Tentem saber de cor
Se julgar que é demência...

Escancara essa boca
doce ociosidade
sacia minha fome de ser assim
largado no mundo caído na vida
sim sou sócio do ócio
terra mãe luz da manhã
onde canta sabe-se lá que passarada
doce sociedade ociosa sempre no cio

já aboliram a escravatura
as rodas rodam sozinhas
pendure sua rede
mate sua sede de apenas se espreguiçar
de volta ao principio
onde tudo come e é comido cru ou cozido
viva nossa carne mortal
de partículas imortais ou quase quasar
pulsar Filhos do Sol poeira das estrelas
até que se cumpra nosso destine cósmico
sou sócio do ócio

Pros teus olhos só restam as ilusões
Venham cegos, loucos, decifrar

Não andem de quatro
Não fiquem a ver navios
Foi-se o tempo, mais um dia perdido
Fique vivo, venha, corra perigo
Aos seus olhos se quebram as ilusões
Então....

Vocês pensam que sabem
Mas não sabem de nada
Porque eu vivi milênios
Então hoje eu vou ter de explicar, viu?

Engole o que pensas ser mal
E inicia o tal
Ritual canibal