O Tesouro is a song in Portuguese
O tesouro
[Gaspar Z’África Brasil e João Nascimento]
Participação especial: Funk Buia
Ô Muzenzá, muzenzê
Minha nação é de Angola aruandê
Sou guerreiro Zulú de arunda
Acotirene, Zumbi, Gangazumba
Este é um mapa ancestral que leva a um tesouro. O mapa diz,
busque a luz, busque a divina luz! Do alto, próximo a capitania de
Pernambuco, há um grande desfiladeiro.
Um libertário do século 21, em busca do tesouro da terra sagrada,
Se pôs de frente ao norte e caminhou 17 léguas dia e noite
seguindo o riacho, cortando a mata. De repente parou, por um
longo tempo descansou.
Observava o mapa, fitava os céus porém sabia muito bem da
missão a sua frente.
Um revolucionário nunca pensa em desistir e sim persistir até
vencer como prova de resistência desafiando a ciência. Então,
novamente levantou-se e caminhou mata adentro sentido ao mar,
na pajelança dos Caciques Tupinambás e Guarani e assim...
Caminhou mais 5 incessantes léguas sentido leste. Aí começa o
teste.
Há um raro relicário que contém riquezas, escrito nas palmeiras,
registrado e catalogado,
Idéia de Zumbi, conta nossa história plantada no passado.
Abiolá isso entenderia, o grande rei Gangazumba acreditava em
guerras pacíficas
Mas não, os opressores não queriam só as terras, nossas plantações,
nosso gado...
Por dinheiro queriam mais alguns milhares de escravizados.
O mapa foi encontrado por um quilombola imortal.
Que suportou todo o abalo mental, todo fogo mortal.
Ouçam, são os batuques que ecoam das matas, terras dos homens
livres
Venho a mando de Zumbi, Nação Palmarina descendentes dos
Zulus.
Não será ninguém, nem Rui Barbosa impedirá os meus
manuscritos.
Podem queimar todos os arquivos, quero ver queimar o espírito.
Mesmo assim, grito na praça! Venho propagar a resistência, a
existência de uma raça brasa, brasileira.
Está no mapa, que há um ponto de luz do desfiladeiro,
Indicando o local onde existe uma grande palmeira.
e que enterrado ao lado dela, há um baú contendo as informações
verdadeiras
O tesouro. e é com este tesouro que daremos continuidade.
Urbanizar as favelas, reconstruir Palmares, restaurar os
remanescestes dos quilombos. Conscientizar a periferia, erê
mocambo Z’Africano,
preservando a dignidade humana e toda a indígenatureza.
Nesta árvore estão contidas raízes centenárias, de eternas lutas
batalhas.
Se estiverem mortos, quero todos vivos. O quilombo negrigena é
invencível!
Ô Muzenzá, muzenzê
Minha nação é de Angola aruandê
Sou guerreiro zulú de arunda
Acotirene, Zumbi, Gangazumba
Gaspar Z`África Brasil: Voz
Funk Buia: Voz
João Nascimento: Cavacos com efeitos de pedaleira, berimbaus,
djembês, dununs, gonguês, caixa, ganzá, programações de mpc
(baterias e efeitos eletrônicos)
Gerson da Conceição: Contra baixo
Negravat: Canto Lírico e Côro
Juba Carvalho, Lígia Nicacio, Marcela Maita: Coro