[IRIS GARCIA]
Eu ponho no papel pra me certificar
O quanto eu virei, o que eu mais odiava
Me afoguei no mar, de não ter quem culpar
Sou consequência das minhas escolhas erradas

[GABRIEL LEIRBAG]
E os versos abriram minha mente, e eu abri umas garrafas e quase me perdi
Sem gps num segundo plano, minha alma sem crédito pra eu me ligar que já morri
E andam dizendo por ai, que eu to ficando meio louco,
Mas quem pagou pra tá aqui, nunca nem recebeu um troco
Acho que essa é a questão, de eu me perder e até hoje só me encontrar bêbado pelas calçadas
Paguei o olho da cara pra tá aqui, e o troco que eu recebi foi acabar não enxergando nada

A vida te cobra postura e eu cresci, cresci demais,
as mina reclama “cê tá igual meu pai”
não cresça demais,
cês tão brincando no precipício viciando no perigo e reclamando quando cai

eu escrevi varias cartas de amor pra ela
Tentei me decompor pra encorpar esse versos
Acho que ela leu não nada do que eu escrevi
Nem procurei saber porque eu sempre me extresso

Eu quis contar de tudo aquilo que eu vivi
Eu quis me abrir pro mundo antes que eu morresse
Mina, o tempo passo e cê não quis ouvir
E esses versos mofaram vai pra mais de meses

[IRIS GARCIA]
Eu ponho no papel pra me certificar
O quanto eu virei, o que eu mais odiava
Me afoguei no mar, de não ter quem culpar
Sou consequência das minhas escolhas erradas