Eu e ela passeando no Apocalipse/ vejo névoa ao redor da lua em pleno eclipse/ dignidades em estado terminal/ Humanidade em estado canibal/ danço sobre os escombros junto dela e sua coragem/ vestindo o campo de força ao longo da viagem/ ruas vazias pontes sombrias cenário tenebroso/ o crack faz o caminho pedregoso/ mantendo a calma enquanto ela segura na palma da minha mão/ fé em Deus Krishna Zeus e o que mora no Alcorão/ risco de rasgos de uma faca cega/ mas confiante a cada instante a alma sossega/ aura espessa cabeça expressa pensamentos bons/ conecta com a luz e desinfecta/ ouço sons sirenes/ pneus que cantam desafinado/ meu bem será que fizeram mais um finado?...

passeando no Apocalipse....

Vi o demônio no Altar do inferno à meia-noite e meia/ diz que alcançou a graça da desgraça alheia/ ignoro a cena e recito um mantra/ sua imagem se desfaz e logo mais encontro a paz do Tantra/ seguindo a trilha vendo pai e filha perdidos/ seu carro e tranquilidade vendidos/ seus pulmões espíritos invadidos/ seus semelhantes têm semblantes abatidos/ e a caminhada cai na minha frente/ novamente sorrisos passos seguros e Amor em nossa mente/ afasta a festa nefasta da escuridão/ coração exala gratidão pela proteção/ pois só Deus sabe o que eu passo e por onde eu passo e sempre que eu peço ao espaço ele me dá um abraço/ no compasso da história a glória da noite/ estrelas aliviam a lembrança do açoite/ de negros em grades que se agridem sem liberdade/ e regras que só regridem a sua identidade/ e o governo é o inverno se for uma estação, mas/ segue o fluxo até a outra Estação próxima parada, sexo no quarto trancado/ agradecendo por mais um dia lacrado/ sexo no quarto trancado agradecendo mais um dia lacrado depois de passear no Apocalipse.