Não murcham as flores de aço,/
se alimentam do cansaço /
no substrato do abstrato/
E nascem no concreto:/
nas ruas, vilas, vielas e asfaltos/
Compondo sinfonias,/
roubando tuas ilusões de assalto é fato/
talvez você não queira receber o laudo /
do caldo grosso, /
da seiva bruta /
pra sintonia /
na melodia /
da própria natureza q marca o compasso/
no sobressalto: aplausos!/
as pétalas sempre se abrem por entre as pernas do rechaço./
Não morrem as flores de aço/
com pouca água, pouca luz,/
dançando sobre os cadafalsos/
Bem na cara dos fracos!/

[Refrão]
Das flores de aço/
germinam revolta/
Canteiros em obra/
Lançou a semente é sem volta/
Mesmo na seca ela brota... Na seca ela brota!/


Pra não dizer que eu não falei das flores: ODISSEIA/
Inspiração pra vida toda, me inspiro nelas/
Irmãs de alma e de luta, referência para mim /
sementes regadas com amor nesse jardim sem fim/
A tempestade vem pra fortificar a raiz /
e o Sol maior para indicar qual é a diretriz/
as sacudidas da vida servem pra refletir/
que é necessário e os frutos podres logo vão cair/
Podem acabar com todas as flores, mas não com a primavera/
tipo erva daninha ""tamu"" brotando à vera/
sem agrotóxico, toxico, é outra ideia/
contra as pragas deixo que o tempo se encarrega/
arte orgânica, tônica, revitaliza/
seu nicho inutilizável ""noix"" vem e recicla/
por um mundo mais sustentável para as nossas crias/
RESPEITE A NATUREZA INDOMÁVEL JARDIM DA VIDA /

[Refrão]