Nasci em Várzea Paulista, sobrevivência diária,
Entre becos e lixo, vida precária.
Comida do lixão, banquete negado,
Mas no sorriso da quebrada, nunca abalado.


Nasci onde só vive quem não vacila,
Malokero verdadeiro, farda de guerrilha.
Nada de luxo, só o essencial resgata,
Na quebrada de Várzea, felicidade é nata.


Vento assobia, assombração dos sonhos,
Menor na correria, futuro risonho.
No bolso nada, no coração matilha,
Família de rua, nunca está sozinho.


Nasci onde só vive quem não vacila,
Malokero verdadeiro, farda de guerrilha.
Nada de luxo, só o essencial resgata,
Na quebrada de Várzea, felicidade é nata.


Ruas escuras, faróis iluminam,
Histórias que ninguém mais se anima.
Guerreiros no correr, alma cristalina,
Na pobreza acintosa, riqueza não contida.


Nasci onde só vive quem não vacila,
Malokero verdadeiro, farda de guerrilha.
Nada de luxo, só o essencial resgata,
Na quebrada de Várzea, felicidade é nata.