O Brasil é um dilema
La laia
Tem que rir pra não chorar
La laia
Mas no samba não tem problema
La laia
O que eu quero é sambar

Terra brasílis, tudo calmis e tranquilis
Mas chegaram os invasores, já mirando o calcanhar de Aquiles
De quem por aqui vivia e convivia com a natureza
Em plena harmonia, vieram de covardia

Eu não tava lá naquele dia, mas meu tataravô tava
Ninguém respeitava nada do que aqui existia
O povo se revoltava, e por aqui resistia
E até hoje resiste na luta do dia-a-dia

Nossa harmonia tem gingado
O samba te contagia e não dá pra ficar parado
Samba é de pai pra filho, igual eu vi lá no Samba do Trilho
Eu preparei estribilho e fui

Dei um trato no sapato, arrumei a camiseta
Liguei Banibeat, Guino e chamei a preta
Hoje a noite é nossa, malandragem eu vou colar
O samba não tem hora pra acabar

O Brasil é um dilema
La laia
Tem que rir pra não chorar
La laia
Mas no samba não tem problema
La laia
O que eu quero é sambar

Sou da roda de samba de gafieira
Na bohemia, caipirinha tocando João Nogueira
Semana inteira suando pelo dindin
E vejo a morena sambando, olha pra mim

Sou Brasileiro, negócio não tá legal
Verde e amarelo é campanha eleitoral
Politicagem que fede novo Brasil
Eu vou pro samba, produto do meu Brasil sil

Eu to com sede, cerveja pra matar a sede
Eu chego nela: Prazer eu sou Sirlene!
A noite engaja é, roda de samba né
Ela dançando, gingando, ponta do pé

Cheirosa, inteligente, falando de Marighella
Nada extremista, mas anti essa panela
Aí meu consagrado, fecha a conta
Hoje a noite é longa, vou de carona

O Brasil é um dilema
La laia
Tem que rir pra não chorar
La laia
Mas no samba não tem problema
La laia
O que eu quero é sambar