Raiz que rasteja frente a crua hegemonia
Mitos anunciam o paraíso tropical
O grito de um povo expõe a vã democracia
Sangue, suor e lágrimas: Produto nacional

Toda resistência frente ao ódio as minorias
Estigmatizado em nossa história pós-cabral
A escravidão, hoje remunerada, tem suas crias
cospem na alforria em reverência a voz do caos

Bastam-se os números, os fúnebres dados
O culto à violência, a ausência do pão,
a intolerância à pluralidade é nosso fardo
O massacre a cultura e a ,tortura ao corpo são
Em vão
Resista
Resista

E Além do amém, se amem
E Apesar da dor, se doe
E que doa a quem doer, queime

E apesar do peso, pise
Pise fundo a fenda à frente
E apesar dos corpos, os porquês