Canção dos Exilados


Minha terra tem favelas
Onde a fome vem cantar
E a fome que aqui canta
Também canta pra acolá

Nosso solo é mais fértil
Nossa água abundante
Mas imperam as diferenças
A omissão dos governantes

Ao chorar sozinho à noite
Clamo em prece ao meu senhor
Que proteja nossos filhos
Meu povo trabalhador

Minha terra tem um povo
Heróico, brado reprimido
Amordaçado por mentiras
E de orgulho enfraquecido

Não permita Jah que eu parta sem ver
A nossa vitória , nossa redenção
Não permita Deus que eu parta sem ver
Meu país de volta pra população
Meu país de volta para as nossas mãos

Ouço a voz,
Voz da Revolução
Gritando em todos lados

A Cantar,
A voz da união
Canção dos Exilados

Até quando vai mas não é pra mim
Dinheiro que sai do seu bolso enfim
Escapa no ralo rapidin
Bancando o banquete do bando sim
Te engana com todo cuidado
Fala bonito, chove no molhado
E tira o prato da criança sim, tira o rolê da família sim
Tira a viola e o tamborim, tira o caderno do Joanzin
Compra mansão em Miami, Ferrari, Lamborguini
Oh Jah tenha dó
Destes que pensam em si e só
Destroem o sonho de mil em pó
Oh Jah Tenha dó
De quem destrói o meu país
De quem te impede de ser feliz